Admiro pessoas que mesmo com tantas marcas, ainda conseguem ser pessoas apaixonantes.

Mesmo com as decepções, mesmo com os términos, mesmo com todos esses joguinhos que as pessoas fazem hoje em dia.

Mesmo quando o mundo capota, consegue ser alguém apaixonante. admiro quem se entrega como se nunca tivesse quebrado a cara, como se o peito não tivesse uma marca sequer. pessoas que respeitam sua intensidade e reconhecem que viver é se entregar, e que fugir por medo de sentir pode até te poupar alguns machucados, mas te poupa também da vida, de vivê-la como tem que ser vivida.

“(…) brota o sorriso do rosto ainda que carregue algumas marcas (…)”

Admiro quem coloca o coração ao sol, quem estende sua alma no varal numa tarde de domingo, quem brota o sorriso do rosto ainda que carregue algumas marcas, como uma rosa desabrochando mesmo que conviva com os espinhos do seu corpo.

Admiro pessoas que mesmo tendo amado pessoas pequenas demais, não tenham se transformado em pessoas assim. mesmo que tenham acreditado demais nos outros, se jogado em alturas e colecionado decepções gigantescas, não se tornaram pessoas cruéis e covardes.

“(…) vai continuar querendo ficar, ainda que saiba que amanhã pode acabar.”

Admiro quem tem coragem de tentar, ainda que não tenha certeza de nada, ainda que não saiba se amanhã o outro vai responder a sua mensagem ou vai continuar querendo ficar, ainda que saiba que amanhã pode acabar.

Mesmo assim consegue ser alguém apaixonante.

E se você entendeu que apesar de todas as catástrofes que o teu corpo se envolveu, o amor não tem culpa, você aprendeu a senti-lo, a viver e arcar com as consequências de se entregar. Se você percebeu que sangrar não é perder e que as marcas que você carrega não significa que você caiu tantas vezes, mas sim, que elas dizem que você continuou apesar de tudo, você é uma pessoa apaixonante.

E eu admiro você.

Por: Iandê Albuquerque