Muitas pessoas olham de lado aquelas que se apresentam sujas e/ou com tatuagens, julgando-as pela sua aparência mesmo antes de as conhecer, mas a verdade é que nós nunca temos noção de quem é que poderá estar por “debaixo” daquelas tatuagens ou sujidade.

Foi precisamente isso que aconteceu com Andy Ross um certo dia em que foi ao supermercado com a roupa do trabalho ainda suja e com as suas tatuagens à mostra, quando uma menina que se encontrava junto com a sua mãe à sua frente na fila da caixa começou a fixá-lo ao aperceber-se da sua aparência.

Claro que dito assim não parece nada de mal, certo? Aliás, trata-de de uma criança e é perfeitamente normal que elas fiquem a olhar fixamente para algo que acham diferente.

Contudo, o problema não está na menina, mas sim no que a mãe lhe disse logo a seguir.

“É por isso que tens que estudar”.

Apesar de não se saber ao certo a intenção da mulher ao dizer esta frase, a mesma foi sentida por Andy como preconceituosa, dando de alguma forma a entender à menina que caso não estudasse ia acabar como ele – sujo!

Andy não podia deixar que a menina ficasse a achar que ele não tinha educação, por isso decidiu intervir, virando-se para a mãe dizendo:

“Primeiro, eu sou um homem sujo muito educado. Eu não só tenho um diploma do ensino médio, como também tenho um diploma universitário e muitas certificações médicas. Por isso, assumir que sou ignorante por causa da minha aparência é, na verdade, bastante ignorante por si mesmo.

Em segundo lugar, se está a dizer à sua filha para ficar na escola porque eu tenho tatuagens de cima a baixo nos meus braços, isso realmente irá suprimir a sua criatividade e potencialmente atrapalhar a sua imaginação enquanto ela se desenvolve. Mais uma vez, contraditório ao seu ponto, senhora. Tenho orgulho das minhas tatuagens e são obras de arte que Forrest Bateman colocou no meu corpo. É uma representação do meu orgulho no meu país e do meu serviço em várias turnês de combate como um médico de operações especiais.

Em terceiro lugar, se está a referir essa declaração devido ao chapéu (não em destaque) que estou a usar porque apresenta um alce, pode não entender. Eu sou co-proprietário da Evergreen State Outdoors e tenho orgulho de ser dono de uma empresa de exteriores e apoio os meus direitos de caçar e responsavelmente ser o dono de uma arma.

Finalmente, optei por trabalhar numa indústria de construção. Tenho orgulho de dizer que faço parte da construção da América e gosto do meu trabalho todos os dias. Eu tentei trabalhar numa secretaria quando saí do serviço e não era para mim. Eu gosto de trabalhar com as minhas mãos e estar ao ar livre. Consequentemente, implica acabar sujo alguns dias. Eu ganho bom dinheiro, tenho benefícios e sou capaz de sustentar a minha família sem problemas. Portanto, a minha aparência não tem nada a ver com o meu nível de inteligência ou com um nível mais alto de educação.”

Escusado será dizer que a mulher não só ficou envergonhada como completamente sem palavras, ao que Ross apenas de despediu dizendo:

“Tenha um bom dia e tente não julgar as pessoas antes de saber alguma coisa sobre elas. Boa sorte com a sua filhinha.”

Após toda esta situação, Ross decidiu publicar a história no seu perfil do facebook como uma forma de chamar a atenção para este tipo de preconceito sem qualquer razão de ser, acabando mesmo por se tornar viral com mais de 165 mil partilhas e 311 mil gostos.