Rinite alérgica é o tipo de alergia que mais pessoas afecta, sendo mais comum surgir em determinadas épocas do ano, como na Primavera, devido à imensa quantidade de pólen que existe no ar. Contudo, também pode ser desencadeada por pêlos de animais, pó ou até mesmo bolor.

Provocando congestão ou corrimento nasal, espirros e comichão nos olhos, esta alergia é verdadeiramente incómoda, chegando mesmo a afetar o sono, a capacidade de trabalho e a capacidade de concentração.

Felizmente, mais uma vez, a ciência continua a surpreender-nos e um pesquisador da Faculdade de Medicina de Jundiaí, Edmir Américo Lourenço (também doutor e mestre) conseguiu, ao fim de 10 anos de estudo, criar um tratamento contra a rinite alérgica.

Após analisar a reacção do mesmo em 281 pacientes com mais de três anos de idade, Lourenço pôde confirmar a sua eficácia quando é realizado até ao fim.

“O paciente não deixa de ser alérgico, mas as melhorias clínicas é que são importantes porque o indivíduo que não tem sintomas é como se estivesse curado”

Apesar de não curar definitivamente, este tratamento acaba com os seus sintomas. “O paciente não deixa de ser alérgico, mas as melhorias clínicas é que são importantes porque o indivíduo que não tem sintomas é como se estivesse curado”, explicou o pesquisador Edmir numa entrevista ao portal G1.

O tratamento em si consiste em vacinas, criadas especificamente para cada paciente, tendo em conta os diversos testes que são feitos na sua pele para saber quais são as causas da alergia.

O paciente procura o médico e passa por testes.(…)”

Apesar do tratamento já se encontrar disponível, apenas existe em clínicas particulares e o seu custo é um pouco elevado – R$ 1,5 mil (cerca de 347€). “O paciente procura o médico e passa por testes. Depois, de acordo com os resultados, o especialista faz a solicitação para a produção individual da vacina em laboratório. No meu tratamento, são 30 doses aplicadas durante 1 ano e 2 meses”, explicou Lourenço.

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), este tratamento – com o nome de imunoterapia – não pode ser usado isoladamente, fazendo parte de um Protocolo de Procedimentos, considerado fundamental para o sucesso do tratamento.