Voltaste a emergir no meu pensamento. Talvez nem tenhas chegado a ir completamente. Eu sei que não. Ficaste apenas adormecido em mim, tendo essa tua frieza inabalável congelado o que sentia por ti. Se é que sentia, ou que sinto. Não sei.

Não sei se sim ou se não. Não sei se vale a pena, ou se é apenas uma perda de tempo. Não sei se continue ou se desista. Não sei se te amo ou se te odeio.

Não sei se quero que vás, ou se espero que voltes. Não sei.

Posso até não saber que rumo tomar, que escolhas fazer e por que sonhos lutar, mas só eu sei o bem que me fazes quando o meu pensamento recai, de novo, em ti.

E por muito que saiba que isso me pode pôr de lenços ranhosos na mão quando já não restar mais nada, continuo a querer que voltes, todas as noites, para junto dos meus devaneios mentais.

Ridículo.Mas, e daí? Deixa ser ridículo. Deixa ser fora do normal.

Às vezes dou por mim a pensar na melhor forma de não pensar em ti.

Isso sim, é ridículo. Parece que estou a obrigar-me a arrancar-te de mim. E querem saber? Não resulta!

Posso abstrair-me, deixar-me iludir por tantas outras coisas, mas tudo isso tem prazo de validade. É então que a febre se lembra de voltar a instalar-se no meu corpo para descongelar sentimentos. E é aí que tu voltas.

Acho que vais sempre ser a minha melhor pessoa, aquela a que o meu coração gosta de chamar de seu, sem que algum dia o tenhas sido.

E agora termino como muitas vezes terminava os meus rascunhos sobre ti: Amo-te.