Como depois de todas as paixões, eu volto a ti. Não há nada nem tão pouco haverá alguém que te possa tirar do meu coração, oxalá houvesse…

Será que algum dia te vais lembrar de mim? Eu já não sou a mesma, já não sou aquela menina assustada que conheceste…

Às vezes pergunto-me, será que algum dia me vais dar a oportunidade de me apresentar de novo? Como mulher que sou agora, forte e determinada?

“(…) já que conheço o que mais me interessa.”

Queria tanto agir contigo como ajo com outros homens, ser um tanto faz o que digo ou respondo, se falo ou não… Acho que é por não existir o mínimo interesse em conhecê-los, já que conheço o que mais me interessa.

Tem dias que me questiono do porquê desta minha admiração por ti… Aposto que se soubesses também terias um ponto de exclamação sobre essa careca. É estranho como representas tudo o que eu quero ser e ter.

Foi por admirar a tua ambição que quis ser assim também, e foi por te ver ser um homem um tanto ou quanto para o louco que arrisquei tanto… Se conquistei o que conquistei foi porque me inspiras te, a minha força foste tu.

Chegou a uma altura que eu te admirava tanto que me apercebi que me tinha apaixonado.

Queres saber qual era problema? Não era apenas um, eram vários meu amor. O facto de saber que tu nunca me amarias é o principal, porque sei que nunca mudará. Mas o que mais me custa é saber que quando um amor nasce de admiração, ele não morre.

“(…) ainda que agora sejam só memórias, foi algo do outro mundo…”

Sou mais profunda do que pensavas, não sou? Desculpa-me por isso, conheci-te numa altura onde não tinha ninguém, segurei-me a ti e deixei-me levar… Foi uma paixão de me levar as nuvens, o sorriso que eu dava nunca saiu da minha cabeça, ainda que agora sejam só memórias, foi algo do outro mundo… Mas a queda foi muito feia, confesso.

Intriga-me como se desenrolou toda a história, a nossa e a que se passava à nossa volta, mas não vale a pena questionar te, já passaram demasiados anos.

O pior de tudo é que eu enquanto te escrevo esta carta, me estou a rir. Finalmente abro o meu coração a ti, para que o possas destruir mais um pouco. Mas isso não me importa, já não dói.

Sabes o que realmente dói? É ter a plena certeza de que vou morrer sem sentir os teus lábios, sem sentir o teu toque, sem me sentir amada, por ti… E isso, isso sim, dói.

Fonte: Menina das Frases