Hoje escrevo a ti não por teres sido uma das pessoas que me fez voltar a viver, mas sim porque preciso.

Foi precisamente à 50 semanas atrás que tudo começou, foi um começar um pouco estranho, mas nos meus dias tu fazias questão de estar e eu sem dar conta fui abrindo cada porta de mim e fui descobrindo em ti tudo o que algum dia desejei.

Hoje passado um mês de tudo ter terminado, sofro em silêncio! Um silêncio que tento terminar mas não consigo, tornou-se mais forte do que eu!

Pensei que errei, acreditei que tinha cometido erros, mas hoje acredito que tudo tem uma razão de ser, nada acontece por acaso.

“Tento aceitar de um jeito em que as memórias são lições de vida.”

Não venho pedir desculpas, não venho insistir em nada, muito menos dizer que tenho saudades. Já foi o tempo que corri atrás para tentar apagar ou quem sabe remendar o que fiz. Sei que esta caminhada terminou onde tinha de terminar, não me orgulho disso, mas tento aceitar. Tento aceitar de um jeito em que as memórias são lições de vida. Os sorrisos, as picardias, as noite loucas, tudo isso nos tornou mais fortes.

Dizer que te esqueci, que o meu amor por ti morreu ou até mesmo que sou feliz sem ti, tudo isso não passam de meras palavras que saltam da boca para te fazer seguir em frente.

Gostava de um dia dizer-te olhos nos olhos que o amor não morre, que quando quando duas pessoas se amam lutam pelo que acreditam.

“(…) desistir de tentar ser uma prioridade quando sempre fui vista talvez como uma segunda opção.”

Eu hoje sei que o nosso para sempre não existe mais. Eu sei que a melhor opção foi desistir de nós para te deixar ser feliz à tua maneira, desistir de me magoar e sentir que te magoava, desistir de tentar colocar tudo em ordem quando já nada havia para organizar, desistir de tentar ser uma prioridade quando sempre fui vista talvez como uma segunda opção.

Podes me julgar por ter desistido de ti, de nós, mas não me podes julgar por tudo o que te dei enquanto houve um nós, porque eu tinha-te na minha vida como uma prioridade ao contrário de ti, na minha vida havia um nós para tudo e na tua o que havia mesmo?

“(…) o amor não acaba, o amor eterniza-se.”

Foi preciso parar este jogo do viver para outra pessoa, foi preciso chegar a um limite para perceber que tínhamos ideais de vida diferentes, prioridades diferentes. Mas eu quero dizer-te, com toda a certeza do mundo, o amor não acaba, o amor eterniza-se.

Cheguei aquela fase que aprendi que esquecer e superar são coisas distintas. Um dia quis apagar tudo o que tivemos, apagar que algum dia nos cruzamos, apagar o que vivemos, mas hoje sei que eu não quero mais isso, quero apenas superar este vazio que me fazes, superar este amor que não sei se algum dia foi correspondido verdadeiramente, superar as lembranças que se apoderam, apenas superar a nossa história.

Não quero mais dizer que tiveste culpa, ou que eu tive culpa, não quero mais desejar o que desejei com raiva e ódio de ti, não quero mais. A mágoa é um sentimento que se apodera de nós tornando-se inevitável, mas de uma coisa sei, não podemos mudar nada, a nossa história foi escrita assim, portanto só temos de ultrapassa-la como qualquer outra barreira.

“(…) um dia abri mão de ti para seres feliz à tua maneira, para seres feliz da melhor maneira mesmo que isso não me inclua (…)”

Sempre ouvi os “mais velhos” dizerem que quando se ama alguém verdadeiramente, deixamo-lo seguir o seu caminho sem nos intrometermos, pois bem, venho dizer-te que um dia abri mão de ti para seres feliz à tua maneira, para seres feliz da melhor maneira mesmo que isso não me inclua, por isso aqui estou para te dizer com aquele sorriso que bem conheces, um dia tudo há-de passar, um dia haveremos de nos reencontrar quem sabe, mas até lá sê feliz, organiza-te, concretiza-te pessoal e profissionalmente, vive intensamente cada momento que a vida te proporcionar, porque além tudo eu quero-te bem, quero o melhor para ti, isso é algo que ainda consigo fazer apesar de tudo.

Desejo-te o que desejo um dia para mim. Quem sabe se um dia não nos voltaremos a encontrar da mesma maneira. Lembra-te ainda que tudo é uma lição de vida e que nada acontece por acaso.

Até sempre pinguim!