Na noite em que o conheci, teve apenas 30 segundos da minha atenção e usou-os para me sussurrar ao ouvido enquanto eu soltava o cabelo:

– “Ficas mais linda assim”. Apenas sorri e foi o que bastou.

Semanas depois de algumas conversas, e uns copos depois, descobri o seu ponto fraco, não resistiu quando lhe mordi a orelha, nem eu resisti, a pele cheirava tão bem, o toque era tão suave, agarrou-me e disse que se o voltasse a fazer não me prometia conter-se, óbvio que nem dois minutos depois nos estávamos a beijar…

Não o esperava, foi natural … surgiu, e não foi perfeito.

“Disse-me que era tudo o que ele queria, não precisava de mais nada, mas eu disse que não(…)”

Pouco depois disse-lhe que não poderia acontecer novamente, que eu não me iria envolver. Como homem que é apenas me disse que se era o que desejava assim seria, mas nunca me deixou.

Continuamos a sair, pouco depois dei por mim a jogar às escondidas com ele, pois íamos ao carro “buscar o casaco” e ficávamos a namorar, chegávamos sempre atrasados pois não nos conseguíamos largar.

Disse-me que era tudo o que ele queria, não precisava de mais nada, mas eu disse que não, não poderia ser, não estava preparada.

“(…) acabei a noite no peito dele e disse que sim, és tudo o que quero.”

Uns dias mais tarde quando me ia pôr a casa de madrugada, passamos por um condutor bêbado e quase tivemos um acidente, fugimos do local, eu tremia e estava a hiperventilar, ele para além de nos levar para longe e ver se nos seguiam, trazia a mão no meu colo e só me perguntava se estava bem, acabei a noite no peito dele e disse:

– “És tudo o que quero.”

Lembro também a primeira vez que estivemos a sós em casa, estava deitada sobre o peito dele no sofá, e estávamos tão confortáveis que adormeci, ele mexeu-se e eu acordei, consegui ouvi-lo dizer:

“Acho que estou a começar a amar-te”. Beijei-o e fiquei só bem junto a ele.

Não foi perfeito, mas foi o melhor que conheço.