Após mais um longo dia chegou a casa exausta, largou os sacos de compras pela casa e depressa se refestelou na poltrona e deu por ela perdida entre pensamentos…

Questionava-se:

“Como pode ele prender-me o pensamento assim? Como conseguiria um simples ser humano ser o culpado de todos os meus desejos, de todos os meus sonhos? Como poderia um beijo levar-me às nuvens?”

Quando primeiramente lhe tinham roubado um beijo ela sentiu a química que havia entre eles, sentiu o sabor da paixão ardente que transbordava em seus lábios. Mas agora a sensação era diferente, agora sentia uma vontade incessante de estar com ele a todo o momento, perdia-se a sonhar acordada com ele, a idealizar uma vida a dois … e lá no fundo ela sabia a resposta a todas as suas questões. Esboçou um sorriso bobo.

“É amor”, entendia agora ela.

Borboletas fervilhavam-lhe no estômago, não controlava os sorrisos parvos que dava de cada vez que pensava nele … toda ela era inundada de um sentimento tão intenso, tão caloroso e ao mesmo tempo tão suave, tão doce… sensações por ela nunca antes experimentadas. Por fim, o mais importante é que se sentia feliz, experimentava agora uma felicidade incontrolável e que parecia inquebrável.

Em poucos momentos adormeceu, sentada então em concha naquela poltrona, e sonhou.

Com ele. 

Mais uma vez.