Agora, que tudo terminou, que assim quiseste, espero que te sintas feliz; agora, que tudo acabou, que assim quiseste, espero que não te arrependas. Dei-te o espaço que precisavas, ausentei-me para que pudesses ser sincera contigo mesma, e escolheste. Escolheste deixar-me.
(…)

Entre as promessas e as ameaças, entre os sorrisos e os beijos, escolheste deixar-me, outra vez. Talvez o passado te tenha atraiçoado, talvez julgasses conseguir ultrapassar os erros. Talvez. Mas eu estava aqui para ti. Continuaria a estar aqui para ti. Teria ficado sempre aqui contigo. Nunca te quis magoar.
(…)

Supliquei tanta vez por ti, chorei tanta vez por ti, morri tanta vez por ti.

Julguei encontrar em ti a eternidade, o amor verdadeiro, e errei: dei tudo, confiei e não me preparei para o pior. Nunca julguei que isto tivesse um fim, que voltasse tudo ao mesmo, que voltasse a dar tudo e a ficar sem nada. Agora sei, que te estou a escrever esta carta, que o amor da minha vida também se pode tornar na maior desilusão.
(…)

A única coisa que eu queria era sentir-me mais do que um logo se vê; queria ser a determinação por cima da incerteza; queria ser a força por cima da barreira; o refúgio acima da agonia.
(…)

Tenho de seguir, procurar-me, tenho de vencer estas lágrimas que não param, tenho de vencer as insónias e as noites sem dormir, tenho de vencer as náuseas, a cabeça a ferver. Só quero tornar-me numa pessoa mais forte, e encontrar alguém que me ame com tanta força como eu sou capaz de amar.

Agora, que tudo terminou, que assim quiseste, tenho de seguir.

Desculpa,
Eu tentei…